terça-feira, 27 de setembro de 2011

Traços Locais, Armando Sobral e Marcone Moreira



Por Jussara Derenji, Diretora do Museu da UFPa
Há no Museu da UFPa uma vocação de abrigar arte contemporânea, talvez não suspeitável no prédio centenário e histórico do Palacete Montenegro. O envolvimento da própria Universidade, desde os anos 60, na implantação da moderna no norte do país é o primeiro indício de um caminho que iria ser tomado pelo Museu ao ser criado em 1983. O acervo que foi sendo formado, com as dificuldades inerentes aos organismos públicos de cultura, é hoje direcionado para pensar e discutir, questionar e propor arte contemporânea.
Recém entrados no século XXI temos já clareza sobre os valores que deverão nortear a memória do século passado e agimos, assim, dentro do papel no qual nós escolhemos inserir, o da guarda, pesquisa e divulgação desses valores e de seus representantes nas artes visuais da Amazônia. O projeto lançado neste momento, por iniciativa do artista Armando sobral, e que o tem como iniciador e participe, junto com Marcone Moreira, consolida um movimento de apoio não só ao Museu, mas a esta memória pela qual nos tornamos todos responsáveis.
O programa de exposições e doações proposto em Traços Locais representa um reconhecimento da importância dos Museus como lugar da salvaguarda, da discussão e do questionamento. O museu da UFPa tem orgulho em receber dos artistas da terra, como muito bem representam Armando Sobral e Marcone Moreira, a manifestação deste reconhecimento.

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