sábado, 24 de setembro de 2011

Gravura Contemporânea no Pará





Por Armando Sobral
Há dez anos um grupo de artistas e estudantes universitários reuniu-se para criar  o atelier público de gravura da Fundação Curro Velho motivado pela necessidade de praticar e ensinar essa modalidade artística para adultos, jovens e adolescentes, na sua grande maioria de baixa renda ou provenientes de escolas públicas. Desse movimento inicial em torno do atelier no telégrafo, em seu período de maior efervescência quando se tornou um celeiro de gravadores, aos dias de hoje, completa-se um ciclo importante de preparação.
O movimento da gravura no Pará se restabelece com a produção que surge na última década, principalmente em Belém. Isso não significa demarcar sua importância somente nesse período; seria uma injustiça com Valdir Sarubbi, Ronaldo Moraes Rêgo e Jocatos, grandes artistas responsáveis em manter viva essa tradição por aqui. Foi o surgimento de uma nova geração de excelentes gravadores preocupados em trabalhar de maneira colaborativa e em diálogo com a tradição da gravura brasileira, reconhecendo-a e integrando-se a ela, que talvez tenha sido a maior contribuição de todos esses anos de persistência – anos, diga-se de passagem, ainda germinais.
Vale a pena conferir as obras de Alexandre Sequeira, Armando Sobral, Diô Viana, Eliene Tenório, Elaine Arruda, Jocatos, Pablo Mufarrel, Ronaldo Moraes Rêgo e Véronique Isabelle. Coletiva que, certamente, referencia a gravura contemporânea na região norte.

Na Galeria do CCBEU, até 22 de Novembro.



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